Desde o início da pandemia, o setor de logística mundial vem sofrendo com a alta demanda e escassez de serviços oferecidos. Isso tem impactado não só os prazos, mas os custos, principalmente quando falamos de importações. No modal aéreo existe uma grande dificuldade com os voos, uma vez que a malha área foi reduzida e muitos trechos utilizados não existem mais. Isso ocasiona uma grande dificuldade de agendamento de voos para fretamento das importações: o que antes era possível em dois dias, hoje leva de 10 a 15, em média. Além disso, a falta de voos, aliada à grande procura, gera um aumento no valor desses fretes.
Outro ponto é que a escassez de contêineres utilizados no modal marítimo está impactando o modal aéreo, pois cargas que vinham pelos navios estão sendo fracionadas para aviões, aumentando a procura e diminuindo cada vez mais o espaço que já é escasso. A alta procura e a crise no modal, aumentaram o valor do frete marítimo que hoje é cerca de 6 vezes o valor habitual de antes da pandemia.
Somado às questões acima, temos o período atual – meses de outubro, novembro e dezembro – conhecido como peak season, ou alta temporada, que sobrecarrega ainda mais o setor, uma vez que todas as empresas estão solicitando embarque de mercadorias. Isso afeta diretamente os prazos, pois se torna cada vez difícil fazer as reservas.
Com todos esses aspectos, os valores oscilam muito e uma cotação feita pela equipe de Compras Internacionais da Fiotec em um dia, dias depois já pode estar diferente, principalmente quando o insumo demanda muito tempo para estar disponível.
A equipe tem redobrado os esforços em todas as negociações que são possíveis, para que os projetos sejam impactados o mínimo possível por essas questões. No entanto, dependemos de muitos fatores externos à nossa instituição.
Por isso, contamos com a compreensão de todos.