Representando a Fiotec no evento (da esquerda para a direita): Washington Paulo e Marta Almeida (Logística); Marcelo Amaral (diretor administrativo); Luísa Couto (Logística); Maria Aparecida Ferreira, Livia Mureb e Lidiane Nascimento (Projetos); e Núbia Silva (Logística).
Profissionais da Fiotec, Ensp, Fiocruz e CDC estiveram reunidos nas últimas quinta e sexta-feira (28 e 29/9) em um seminário que celebrou os 20 anos do Acordo de Cooperação entre as instituições. O evento aconteceu na Fiocruz Brasília, e discutiu o passado, presente e futuro dos projetos de prevenção e combate ao HIV/Aids, tuberculose e muitos outros agravos, como malária, zika, chikungunya, dengue e mais recentemente a Covid-19.
O diretor administrativo da Fiotec, Marcelo Amaral, compôs a mesa que abriu oficialmente o Seminário, no dia 28 de setembro. Ele ressaltou o orgulho com que a instituição atua há tantos anos em um trabalho de cooperação que contribui diretamente com o desenvolvimento de políticas públicas tão importantes para a qualidade de vida do brasileiro. “Isso reafirma nosso compromisso em valorizar e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). Esperamos participar, pelos próximos anos, de uma parceria muito mais exitosa para todos os atores envolvidos e que, principalmente, contribua para o serviço que prestamos à população”.
O primeiro dia de evento foi dedicado a homenagens e à valorização do trabalho feito ao longo de duas décadas. Os participantes assistiram a um vídeo que contou em detalhes a composição do Acordo de Cooperação, no início dos anos 2000, e viajou pelos principais programas e projetos implementados, em uma trajetória contada pelas pessoas que fazem o Acordo acontecer. Profissionais que foram homenageados com placas comemorativas, reconhecendo seu trabalho e dedicação de anos. A programação do dia de abertura do Seminário contou ainda com a palestra Problemas Globais, Soluções Globais, comandada por Hank Tomlinson, representante do CDC.
20 Anos de Cooperação: passado, presente e futuro
A sexta-feira (29/9) começou com uma importante conversa sobre a Resposta Brasileira às Epidemias de HIV/Aids e Tuberculose. Abrindo a mesa, Alexandre Grangeiro, da USP, citou a importância de estratégias junto aos públicos-alvo para potencializar o serviço em saúde oferecido. Para ele, é essencial que as novas tecnologias, tidas como inovação, não sejam exclusórias, distantes da realidade de grande parte da população a ser atendida. “Essas tecnologias precisam conversar com o cotidiano das pessoas, seu uso precisa acontecer de forma natural por elas”, defendeu.
Em seguida, Tatianna Alencar, do Departamento de HIV/Aids do Ministério da Saúde, recordou as etapas de implementação do PrEP Oral no SUS, entre os anos de 2016 e 2018. A analista lamentou a resistência enfrentada, por parte de alguns governos estaduais, para implementação do método em sua rede de saúde pública. Tatianna ressaltou a importância que os trailers e ônibus para testagem rápida de HIV tiveram na popularização da Profilaxia. “Todas as iniciativas do A Hora é Agora impulsionaram a implementação do PrEP”. Hoje, pelo menos 770 unidades de saúde pública disponibilizam a PrEP no Brasil.
Antes do almoço ainda daria tempo para uma discussão sobre o uso de Sistemas de Informação e o Fortalecimento para respostas rápidas à população. Ana Roberta Pascom e Artur Kalichman, também do Departamento de HIV/Aids do Ministério da Saúde, traçaram um histórico das ferramentas já desenvolvidas e utilizadas pelo Governo Federal. Segundo eles, os sistemas de monitoramento produzem dados que são importantíssimos para se traçar estratégias voltadas à prevenção e cuidado, e não apenas ao tratamento de doenças. Para Artur, o uso dessas ferramentas fortalece cada um dos aspectos incorporados pelo SUS (promoção dos serviços de saúde; prevenção; diagnóstico; vinculação; tratamento; retenção; adesão; cura ou casos evitados; óbitos), e permitem mais equidade no acesso aos dados sobre a saúde da população, municiando diretamente as administrações de estados e municípios do País.
Emergências em Saúde Pública: colaboração e fortalecimento para respostas rápidas
A mesa de encerramento do CoAg 20 Anos foi uma grande celebração à parceira entre as instituições envolvidas no Acordo. Jonas Brant (UnB) e Daniela Buosi (Ministério das Cidades), traçaram uma extensa linha do tempo para recordar o episódio que marcou o início da cooperação com o CDC, ainda em 1997. Daniela relembrou a concepção e desenvolvimento das primeiras capacitações e formações de pessoal que formariam o corpo técnico da Cooperação aqui no Brasil. Conteúdos que hoje são ofertados em nível internacional, fazendo a diferença no atendimento à população do Brasil e de países parceiros.
Parceira de longa data
A Fiotec atua há muitos anos como responsável pela gestão administrativa e financeira do Acordo de Cooperação. A instituição esteve e está diretamente ligada às ações implementadas pelo projeto A Hora é Agora por exemplo, contribuindo para a expansão do programa por cada vez mais cidades brasileiras.
Por isso, além de a participação do seu diretor administrativo, Marcelo Amaral, a instituição foi representada no CoAg 20 Anos por profissionais de diferentes setores, simbolizando assim a importância do trabalho de cada um em sua missão de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS).