Uma equipe do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) realizou, no início do mês, o treinamento em Gestão de Acordos de Cooperação com o Governo dos Estados Unidos, no Prédio da Expansão, organizado pela Fiotec. O objetivo foi o fortalecimento e aprimoramento da gestão das atividades dos atuais e de futuros projetos ligados ao órgão. Foi uma oportunidade importante para o esclarecimento de dúvidas, o que facilitará a gestão das atividades desenvolvidas em parceria com o CDC.
O curso foi oferecido gratuitamente e ministrado em inglês por um especialista do CDC de Atlanta, o Oficial de Gestão de Acordos de Cooperação, Randolph Williams, com tradução simultânea para o português. Entre os assuntos abordados destacam-se os procedimentos para participar de novas oportunidades de financiamento junto ao CDC, pedido de extensão de vigência, auditoria dos acordos, diversos aspectos da gestão de acordos de cooperação, incluindo aspectos contratuais, administrativos, financeiros e técnicos e análise de pontos importantes do manual “PGO Grantee Resource Toolkit CDC”.
Além da equipe de Projetos Internacionais da Fiotec, participaram do treinamento representantes do Ministério da Saúde, da Fundação Universitária José Bonifácio, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e de três unidades da Fiocruz: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), Instituto de Pesquisa Evandro chagas (Ipec) e Instituto Oswaldo Cruz (IOC).
Outras atividades
Além de monitorar o projeto “Fortalecimento do Programa Nacional de Combate à Aids”, que é gerenciado pela Fiotec há nove anos, a equipe do CDC aproveitou a oportunidade para apresentar Richard Respess, o novo responsável pelo CDC na América Latina e Caribe e pela Divisão Global HIV/AIDS. Eles se reuniram com o diretor executivo da Fiotec, Maurício Zuma Medeiros, o gerente geral, Adilson Gomes dos Santos, a gerente de Projetos Especiais, Mabel Melo, e a coordenadora de Projetos Internacionais, Flavia Estill.
O projeto
Duas agências de saúde governamentais – CDC (Estados Unidos) e Fiocruz (Brasil) celebraram Acordo de Cooperação com o objetivo de mitigar os impactos sociais e econômicos de doenças endêmicas que afetam a população urbana e grupos populacionais economicamente ativos. Foi implantado, então, o projeto “Fortalecimento do Programa Brasileiro de AIDS e Cooperação Sul-Sul com a República do Brasil dentro do Plano de Emergência Presidencial para mitigação da AIDS”.
Embora a experiência brasileira no controle da doença seja reconhecida como um exemplo para o mundo, deficiências importantes no modelo brasileiro foram identificadas, sobretudo na avaliação do Programa Nacional de DST-Aids. Apesar de o Ministério da Saúde trabalhar para institucionalizar acompanhamento e avaliação, ainda há muito a ser feito.
Um dos subprojetos que fazem parte do projeto o Field Epidemiology Training Program (FETP), que visa fortalecer o Serviço de Verificação de Óbitos em Palmas, Tocantins e a vigilância de zoonoses humanas de potencial pandêmico em Colider e Peixoto de Azevedo no Mato Grosso.
Pelo Programa Malária, que também está inserido no acordo de cooperação, o objetivo é desenvolver o plano de avaliação dos mosquiteiros tratados com inseticida (ITN) e realizar uma avaliação da vigilância do HRP2 e HRP3 - tipos de antígenos - na expressão em parasitas Plasmodium falciparum. No próximo ano, atividades relacionadas à tuberculose também serão incluídas no projeto.
