A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), como apoio da equipe de Projetos Internacionais da Fiotec, firmou contratos com a Fundação Bill e Melinda Gates (B&MGF), para financiamento de dois grandes projetos. O primeiro trata do desenvolvimento da “Plataforma automatizada para triagem de fármacos contra helmintos (vermes parasitas)”, do pesquisador Floriano Paes do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). O outro projeto, desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), trata da produção de vacina de sarampo e rubéola para países pobres.
A Fiotec apoiou as negociações desde o início, um trabalho complexo entre as equipes de Projetos Internacionais, Assessoria Jurídica e Administração Financeira e Contábil, para que fosse realizado o cadastramento da instituição como fundação apoiadora da B&MGF. A partir de agora, a equipe de Projetos Internacionais acompanhará a execução das pesquisas.
“Um novo caminho se abre com o cadastramento da Fiotec junto à B&MGF, que tem fornecido oportunidades maravilhosas ao nosso planeta e é uma honra para todos nós contribuir na retaguarda destes acontecimentos”, afirmou a supervisora de Projetos Internacionais, Flávia Estill.
Produção de vacina de sarampo e rubéola para países pobres
Na última segunda-feira (28/10), durante o 9º Encontro Grand Challenges, foi anunciado o acordo entre a Fundação Bill & Melinda Gates e Bio-Manguinhos para a produção, desenvolvimento e exportação da vacina que protege contra a rubéola e o sarampo. A pesquisa visa à produção da primeira vacina brasileira para exportação usando tecnologia inteiramente nacional (contra sarampo e rubéola).
As vacinas produzidas serão distribuídas em países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, atendidos pela Aliança Global para Vacinas e Imunização e por entidades da Organização das Nações Unidas (ONU). A expectativa é que 30 milhões de doses estejam disponíveis no mercado até 2017. A iniciativa vai contar com US$ 1,1 milhão da Fundação Bill & Melinda Gates.
Plataforma automatizada para triagem de fármacos contra helmintos
O projeto tem como objetivo minimizar o desafio científico presente nos estudos para triagem de novos fármacos contra helmintos (vermes parasitas). O processo, normalmente, demanda tempo e comporta o risco da subjetividade do observador. Características como o padrão de movimentação e o formato do parasito precisam ser consideradas para que se tenha certeza sobre o funcionamento do fármaco em teste. Apesar de ser bastante utilizada, a análise está sujeita a erros e, por isso, a grande importância dessa pesquisa.
O projeto, que receberá recursos da ordem de US$ 100 mil (cerca de R$200 mil), foi escolhido por apresentar grande potencial de inovação no âmbito dos grandes desafios de saúde, e foi selecionado entre três mil projetos avaliados pela B&MGF no edital ‘Grand Challenges Exploration’. Trata-se do primeiro projeto da Fiocruz contemplado com o financiamento.
*Com informações da CCS/Fiocruz e do IOC