Pelo quarto ano consecutivo, a Fiotec recebeu o Certificado Empresa Cidadã, que reconhece, a partir das informações contidas nos relatórios e balancetes, que a instituição cumpre os requisitos necessários e se enquadra na condição de empresa socioambiental. A solenidade de outorga foi realizada na última quarta-feira (27/1), no auditório da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ).
Os representantes da Fiotec na ocasião foram Alexandre Valinoti, gerente da Administração Financeira e Contábil, e Carlos Mesquita, contador da instituição. O título é concedido pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RJ), em parceria com a Fecomércio-RJ, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Sistema Firjan. No total, 61 empresas foram condecoradas este ano.
A presidente do CRC-RJ, Vitória Maria da Silva, parabenizou as empresas certificadas. “Lamentamos também pelas empresas que não puderam ser premiadas em razão do atual momento do País”. Natan Shiper, diretor secretário da Fecomércio, disse que aquele foi um momento cívico. “As empresas que estão aqui honraram suas obrigações. Todas merecem esse prêmio”, afirmou.
Esta foi a 13ª edição do Certificado Empresa Cidadã. Durante a solenidade, Haroldo Mattos de Lemos, professor da UFRJ, onde coordena cursos de pós-graduação em Gestão Ambiental, e fundador do Instituto Brasil Pnuma, ministrou uma palestra sobre a utilização dos recursos naturais pelo homem e suas consequências, demonstrando a urgência de se adotar um modo de vida mais sustentável.
Metodologia
Criado em 2002, o certificado tem como objetivo incentivar a elevação da qualidade das informações contábeis e socioambientais publicadas nos relatórios anuais de organizações de todos os portes, segmentos e regiões do Brasil. De acordo com Araceli Ferreira, professora titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que coordena a avaliação das empresas premiadas, a primeira metodologia usada pelo grupo foi do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase). Posteriormente, passou-se a utilizar a metodologia do Instituto Ethos e hoje a avaliação é baseada na estrutura do Global Reporting Initiative (GRI).
Apesar da evolução, Araceli sugere a realização de um seminário para esmiuçar os critérios, avançar em uma discussão mais aprofundada. “Podemos dar transparência às ações e buscar indicadores melhores dos que existem hoje, gerando, quem sabe, uma mudança radical na forma de avaliar”, afirmou. A professora ressaltou que muitas pessoas confundem responsabilidade social com filantropia. “Neste momento de crise, o maior compromisso social é manter os empregos”, refletiu.