Chefes de Estado de mais de 80 países estarão reunidos no Rio de Janeiro, de 19 a 21 de outubro, durante a Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o suporte do governo brasileiro, por meio do Ministério da Saúde e da Fiocruz. A Fiotec apoia a implementação das atividades para a organização e realização da conferência.
Durante o evento, que será realizado no Hotel Sofitel e no Forte de Copacabana, ministros e secretários de Saúde, Educação, Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e áreas afins estarão envolvidos na formulação de estratégias e na definição de metas para o enfrentamento das desigualdades sociais que geram consequências graves para a saúde e a qualidade de vida das populações.
Ao final do encontro, a assinatura da Declaração do Rio oficializará o compromisso político dos países signatários na redução das desigualdades no acesso a serviços de saúde e na promoção de melhores condições de vida, para toda a população e em especial para grupos em situação de vulnerabilidade.
Na abertura do evento (19/10), a diretora geral da OMS, Margaret Chan, apresentará as principais recomendações para a promoção da saúde e o enfrentamento das desigualdades sociais em nível global. Presidente de honra da conferência, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, abordará os avanços e a perspectivas no enfrentamento às desigualdades em saúde no país.
Em seguida, haverá mesa-redonda sobre determinantes sociais da saúde e desenvolvimento reunirá, além de Margaret Chan, a ministra de Desenvolvimento Social do Brasil, Tereza Campello; o secretário de Saúde do Reino Unido, Andrew Lansley; a secretária de Saúde dos Estados Unidos, Kathleen Sebelius, o diretor da Unaids, Michel Sidibé, e a representante do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (Pnud), Rebeca Grynspan. A diretora-geral da OMS e demais autoridades estarão à disposição da imprensa durante o evento.
Margaret Chan destaca a importância de promover uma estratégia global para a ação sobre os determinantes sociais da saúde e o enfrentamento das iniquidades a eles associadas. “As doenças crônicas não transmissíveis, que hoje constituem um desafio global à saúde, estão diretamente relacionadas aos determinantes sociais da saúde; à forma como as pessoas vivem; a seus hábitos e comportamentos. Este é um desafio que não diz respeito somente a ministros da Saúde; é uma responsabilidade que recai sobre todos os governos, em seus níveis mais altos, e sobre toda a sociedade”, convoca a diretora-geral da OMS.
Anfitriã da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, a cidade do Rio de Janeiro assume papel estratégico no esforço global para a promoção da saúde, por meio de uma abordagem ampliada que envolve condições de moradia, segurança, educação, trabalho e aspectos como saneamento básico, alimentação, mobilidade urbana e acesso aos serviços de saúde.
O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, ressalta que a Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde está inserida em um contexto global de valorização da saúde como um estado bem-estar, diretamente relacionado às condições de vida da população. “A concepção dos determinantes sociais da saúde se aproxima do conceito de promoção da saúde estabelecido em Alma Ata, em 1978, e está alinhada a outras iniciativas, como a Assembleia Geral da ONU sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis e a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio +20”, contextualiza Gadelha.
Para contemplar a diversidade de temas que envolve a abordagem sobre os determinantes sociais da saúde, a Conferência Mundial está organizada em cinco eixos: “Governança para enfrentar as causas das iniquidades em saúde: implementação de ações sobre os determinantes sociais da saúde”; “O papel do setor da saúde, incluindo programas de saúde pública, na redução das iniquidades em saúde”; “Promovendo a participação: liderança comunitária para as ações sobre os determinantes sociais”; “Ação global sobre os determinantes sociais: coordenando as prioridades e as partes interessadas”; e “Monitorando o progresso: medição e análise para fundamentar as políticas sobre os determinantes sociais”.
Fonte: Agência Fiocruz de Notícias (modificado)