No dia 28 de julho, a Fiotec promoveu um workshop sobre cultura inclusiva, no qual foram apresentadas ações afirmativas nas empresas e como podemos ser aliados no combate ao machismo, transfobia, capacitismo, lgbtfobia e racismo. A palestra foi comandada por Gisele Müller, da Éssi Consultoria.
Durante a abertura, Cristiane Sendim, diretora executiva da Fiotec, destacou a importância de todos os colaboradores estarem juntos para uma ação de educação em prol da cidadania. “O tema dessa conversa é muito importante para que possamos nos tornar cidadãos que lutam pelos seus direitos e pelos dos outros. Precisamos valorizar e respeitar as diferenças. Não é só por um documento que se faz uma sociedade, mas pela prática”, disse.
Em seguida, Marcelo Amaral, diretor administrativo da Fiotec, também falou sobre a necessidade do tema nas relações de trabalho. “A pauta sobre diversidade é fundamental. Precisamos garantir a representatividade dentro das organizações. Quando promovemos a inclusão, garantimos um maior nível de democracia, pluralidade de pensamentos e sinergia entre todos”, afirmou.
Ao dar início à palestra, Giselle Müller ressaltou que todo preconceito começa na falta de informação. “Diversidade e inclusão não são assuntos novos. Os movimentos feministas e antirracistas já existem há muito tempo e desencadearam ações e políticas públicas. Falar de diversidade é fazer o certo, pois todas as pessoas merecem ser tratadas com dignidade. Somos 8 bilhões de pessoas e não existe ninguém igual a você”, constatou.
Diversidade é vantagem para todos
Gisele pontuou que, na América Latina, as empresas percebidas como diversas têm mais probabilidade de superar a performance de seus pares na indústria, além de vantagens comerciais como:
- Solução de problemas mais criativa e inovação;
- Maior produtividade;
- Maiores níveis de satisfação no trabalho;
- Desempenho financeiro mais forte em métricas, incluindo rentabilidade;
- Quando as pessoas trabalham com outras que são diferentes delas, elas expandem seu próprio pensamento e melhoram seu desempenho.
Qual passo posso dar para ser uma pessoa mais inclusiva no dia a dia?
O workshop trouxe alguns exemplos de práticas diárias para serem adotadas, como ações afirmativas no trabalho. Entre elas está uma comunicação mais inclusiva, como o uso de palavras ou frases neutras e focadas nas habilidades e experiências necessárias para o trabalho, e uso de plataformas de recrutamento que promovam a diversidade, equidade e inclusão.
Outro exercício diário é excluir expressões racistas, machistas, capacitistas e homofóbicas do vocabulário. Como por exemplo: “Mulher tem que se dar o respeito”; “Lista negra, mercado negro, cor de pele”; “Não temos braço para isso”; “Você não parece gay/lésbica/bi/trans”.