Nova estratégia de redução da leishmaniose visceral é estudada pelo IOC, com apoio da Fiotec - Fiotec

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foto andre_azA leishmaniose visceral (LV) é uma doença grave e pode ser fatal quando não diagnosticada em tempo. No Brasil, é transmitida pela picada de fêmeas de pequenos insetos infectadas pelo protozoário Leishmania infatum chagasi, sendo a principal espécie vetora a Lutzomyia longipalpis. Por essa razão, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) iniciou o projeto “Testes de campo com o feromônio sexual sintético para reduzir a transmissão de leishmaniose visceral por Lutzomyia longipalpis, com o apoio da Fiotec.

A infecção da fêmea desses insetos ocorre no momento em que ela se alimenta do sangue de animais vertebrados hospedeiros infectados. O sucesso dessa alimentação deve-se à forte atração oriunda da combinação do cheiro animal e do feromônio sexual produzido pelos machos flebotomíneos, que são atraídos por eles.

Em outras pesquisas realizadas, foi possível sintetizar e produzir grandes quantidades do feromônio em laboratório. Quando ele é colocado junto ao hospedeiro, por exemplo, em um abrigo de animais, a substância imita a ação do macho para atração das fêmeas para alimentação sanguínea, potencializada pelo odor exalado dos animais que atraem os insetos.

Por isso, estuda-se a utilização de inseticidas de ação residual para torna-se mais eficiente no combate a esses insetos, já que haveria maior atração de fêmeas para o local onde o feromônio estaria exposto, servindo tanto para atrair, como matar grandes quantidades de insetos de ambos os sexos. Neste estudo, pretende-se testar, em campo, a estratégia de “atrair e matar”, visando à redução da infecção canina e da densidade de população de Lutzomyia longipalpis, diminuindo, consequentemente, a LV em seres humanos.

Entenda a doença

A LV é uma doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, fraqueza orgânica, redução de força muscular e anemia, dentre outras manifestações. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que ocorrem 500 mil casos novos de LV anualmente, sendo que, 90% desses casos ocorrem em Bangladesh, Brasil, Índia, Nepal e Sudão. Destaca-se que dos casos registrados na América Latina, 90% ocorrem no Brasil.

Vale ressaltar que só uma pequena parcela de indivíduos infectados desenvolve sinais e sintomas da doença. Crianças e idosos são mais suscetíveis à infecção.

*Utilizados dados do Ministério da Saúde