Apesar de o combate à tuberculose ter progredido nos últimos anos, um estudo encomendado pelo Fundo Global Tuberculose do Brasil (FGTB) - projeto apoiado pela Fiotec - revela que 52% das pessoas não sabem que a doença ainda existe, o que aponta para a necessidade de informação para o controle da doença. O estudo foi utilizado para debater estratégias de comunicação sobre a tuberculose durante a oficina “Comunicação, Saúde e Tuberculose”, realizada em Brasília nos dias 3 e 4 de maio.
Participaram do evento gestores da saúde, profissionais de comunicação do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), representantes do Conselho Nacional de Saúde (CNS), do Fundo Global, de ONGs e entidades da sociedade civil que trabalham com saúde pública e da comunidade acadêmica.
O coordenador do evento, Liandro Lindner, do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT/SVS), diz que é preciso “ouvir os gestores, academia e outros, contribuindo para a criação de campanhas que reflitam a realidade de quem vive o risco da doença”. Para Liandro, é preciso continuar aprofundando o debate sobre comunicação em tuberculose, com a criação de um grupo que proponha diretrizes para nortear as campanhas de mídia e mobilização.
Preconceito
Segundo pesquisa, que foi realizada pelo Instituto Data/Universidade Federal Fluminense (UFF), a carga de preconceito e estigma presentes no imaginário popular são confirmados pelos dados: 56,4% das pessoas entrevistadas propõem o isolamento das pessoas doentes ou evitam compartilhar objetos de uso comum.
A pesquisa aponta ainda que o preconceito é detectado mesmo no grupo de entrevistados que conhece alguém que já teve ou tem tuberculose. O percentual daqueles que se afastaram e evitaram qualquer contato com as pessoas infectadas foi de 29,9%. Somado a aqueles que dizem que separam os utensílios domésticos utilizados pelo doente, o percentual subiu para 34,3%.
Leia a reportagem completa sobre a oficina no site do Ministério da Saúde
Saiba mais sobre a pesquisa no site do Fundo Global
Fontes: Ministério da Saúde e Fundo Global