A infecção pelo zika vírus e suas doenças relacionadas têm gerado uma série de incertezas. Aliados a essas incertezas, existem aspectos novos, como a rápida expansão do vírus pelas Américas e o aparecimento de doenças neurológicas graves, como a microcefalia e a Síndrome de Guillain-Barré associada ao zika vírus, além de, possivelmente, outras doenças ainda desconhecidas.
Diante das preocupações geradas pelas chamadas arboviroses, a Fiocruz, em cooperação com o Ministério da Saúde, iniciou o projeto “Plataforma de vigilância de longo prazo para a zika e microcefalia no âmbito do SUS”. Algumas das iniciativas são as Feiras de Soluções para Saúde. A primeira, sobre zika, será realizada entre os dias 8 e 10 de agosto, em Salvador. Os interessados em apresentar suas iniciativas já podem se escrever por meio do site.
O evento contará com mesas redondas, simpósios, mesas de negociação, diálogos de experiências, painéis, seminários, oficinas e palestras. Outra atração do evento será o hackathon – 1ª Maratona de Desenvolvimento de Soluções Tecnológicas para enfrentamento da zika e Síndrome Congênita. A maratona busca desenvolver soluções tecnológicas para controle e enfrentamento de arboviroses utilizando as diferentes bases de dados disponíveis sobre o tema. Até o final de 2018 mais cinco feiras serão realizadas, em diferentes regiões do País.
A plataforma
O objetivo geral do projeto é constituir uma plataforma de integração de conhecimentos da coorte epidemiológica (coorte zika/Microcefalia) com diferentes bases de dados da saúde e de políticas de desenvolvimento social para acompanhamento de longo prazo das condições de vida da população acometida com microcefalia e pelo zika vírus.
Os dados destas bases serão vinculados para análise longitudinal de todas as crianças nascidas e registradas no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), no período de 2001 a 2015, para estudar as relações de microcefalia com zika vírus e com outras infecções.
Para o desenvolvimento do projeto, foram estabelecidos cinco eixos de atuação: acompanhamento da população acometida pelo zika zírus/microcefalia, em forma de coorte epidemiológica; realização de prospecção das iniciativas de pesquisa, controle e tratamento de arboviroses relacionadas com a tríplice epidemia (zika/dengue/chikungunya); fortalecimento de propostas de colaboração/cooperação na rede do complexo produtivo da saúde (ICT/empresas/sociedade); definição de protocolos de acesso a informações de saúde pública e pessoais; e desenvolvimento de banco de dados de evidências científicas seguindo os preceitos de openscience/opendata.
Para mais informações, acesse o site.