Mostrar apoio às pessoas que vivem e são afetadas pelo HIV e lembrar daqueles que perderam suas vidas devido à Aids: esses são os pensamentos em torno do Dia Mundial contra a Aids, celebrado todos os anos no dia 1º de dezembro. Em 2020 a pandemia de Covid-19 mostra como a saúde está interligada a outras questões críticas, como a desigualdade, direitos humanos e igualdade de gênero. A crise provocada pelo coronavírus intensificou os desafios enfrentados por pessoas que vivem com o HIV, mulheres e meninas e populações-chave. O acesso a cuidados de saúde que salvam vidas ficou ainda mais restrito, além de a pandemia ter ampliado as desigualdades sociais e econômicas e a vulnerabilidade de grupos marginalizados ao HIV.
Voltado exatamente às populações-chave está o projeto “PrEP1519”, financiado pela Unitaid e que conta com parceria do Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O estudo tem seus recursos repassados pela Fiotec, com o objetivo principal de demonstrar a efetividade da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) entre adolescentes gays, homens que fazem sexo com homens, mulheres trans e travestis, entre 15 e 19 anos de idade. Com atividades em Salvador, Belo Horizonte e São Paulo, o projeto aposta na aproximação desse público dos serviços de saúde e de proteção ao jovem, oferecendo equipes multiprofissionais com cientistas sociais, médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos.
Recentemente, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) anunciou a obtenção de registro do genérico clone do Dolutegravir sódico (DTG). O medicamento foi incluído em 2017 no protocolo do Ministério da Saúde para tratamento de HIV/Aids e demonstrou maior efetividade quando comparado a outros antirretrovirais. A Fiotec apoiou uma pesquisa coordenada pelo Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz), que estudou exatamente a eficácia e segurança do fármaco no tratamento de adultos infectados pelo HIV.
Com o tema “Solidariedade mundial, responsabilidade compartilhada”, o Dia Mundial contra a Aids deste ano convoca governos, doadores, líderes religiosos, sociedade civil e todas as pessoas a contribuírem para tornar o mundo um lugar mais saudável. Isso significa que compartilhamos a responsabilidade de produzir respostas globais à Aids, sob uma perspectiva mais humana e justa.
A Unaids listou o que precisa ser feito, em escala mundial, para produzirmos respostas eficazes em saúde.
Com informações do site da Unaids.