Junho Vermelho: conheça a importância do Dia Mundial do Doador de Sangue - Fiotec

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(Foto: Raul Santana/Fiocruz Imagens)

Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2004, o Dia Mundial do Doador de Sangue conscientiza a população sobre a importância de estimular essas ações. A data foi escolhida em consequência do aniversário de Karl Landsteiner, um imunologista austríaco que descobriu o fator Rh e as variações dos tipos sanguíneos. Conhecido como “Junho Vermelho”, o mês também homenageia as pessoas que se solidarizam e ajudam a salvar vidas diariamente.

O sangue desempenha um papel crucial no organismo humano, realizando o transporte de oxigênio e gás carbônico, essenciais para a manutenção da vida, além de nutrientes, hormônios e anticorpos. São retirados, no máximo, 9ml de sangue por quilo da pessoa, que são utilizados em transfusões de emergências, sendo um serviço de utilidade pública que pode ser necessário para qualquer pessoa.

A OMS recomenda um ideal de doadores entre 3,5% e 5% da população de um país, porém, no Brasil, esse número está em menos de 2% de brasileiros. Com a pandemia de coronavírus, a situação dos bancos de sangue se agravou ainda mais. Segundo dados do Ministério da Saúde, houve uma queda de 15% a 20% nas coletas de sangue. Até o primeiro trimestre de 2021 foram coletadas 734.247 bolsas de sangue.

A hemoterapeuta e gestora da Hemoterapia do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Maria Cristina Pessoa dos Santos, afirma que para que seja possível manter os cuidados de quem precisa, é preciso um aumento no volume de doações. “As doenças continuam existindo apesar da pandemia. Além da própria Covid-19, que é um fator que é mais um desafio, continuam existindo pacientes com câncer, bebês prematuros nas Unidades de Terapia Intensiva, gestantes que precisam de suporte para hemorragia durante o parto, pacientes crônicos, pessoas com anemia falciforme, entre outras doenças que continuam demandando cuidados médicos”.

Além de ser uma das consequências da pandemia, as baixas nos estoques acontecem em outras épocas do ano, como férias escolares, festas regionais, invernos e feriados. De acordo com a hematologista e gestora da Hemoterapia do IFF/Fiocruz, Marcella Vasconcelos Vaena, o processo é seguro e estão sendo adotadas todas as medidas de segurança contra a Covid-19.

Quem pode ser doador

Todas as pessoas entre 16 e 69 anos podem ser doadoras de sangue mediante a apresentação de um documento de identificação, sendo a primeira doação feita até os 60 anos. Candidatos menores de 18 anos deverão estar acompanhados pelos pais ou responsável legal. Além da idade, são necessárias algumas normas específicas para que o processo seja feito de forma segura. Conheça os critérios:

  • Estar em boas condições de saúde e pesar, no mínimo, 50kg;
  • Não é necessário estar em jejum, mas é preciso evitar a ingestão de alimentos gordurosos;
  • Ter dormido, pelo menos, 6 horas antes da doação;
  • Não ter ingerido bebidas alcóolicas nas 12 horas anteriores a coleta;
  • Não fumar pelo menos duas horas antes;
  • Caso possua tatuagem e/ou piercing feitos recentemente, é necessário aguardar 12 meses;
  • Não ter tido gripe ou resfriado nos últimos 30 dias;
  • Não ter tido Doença de Chagas ou Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs);
  • Não ter diabetes em uso de insulina;
  • Caso tenha tomado a vacina da gripe, aguarde pelo menos 48h;
  • Em casos de hipertensão, uso de medicamentos ou cirurgias, consultar a equipe do banco de sangue.

Pessoas que tiveram Covid-19 ou estiveram em contato com casos positivos precisam aguardar 30 dias para fazer a doação, assim como os candidatos que viajaram para o exterior. Os indivíduos que tenham se vacinado com Coronavac/Sinovac deverão aguardar 48h e, os que se vacinaram com o imunizante da Astrazeneca, 7 dias.