Covid-19: Fiocruz vai analisar a intercambialidade de vacinas - Fiotec

Fique por dentro

Por favor, selecione quais conteúdo deseja receber da Fiotec:

Você pode cancelar a inscrição a qualquer momento clicando no link no rodapé dos nossos e-mails.

Nós usamos Mailchimp como nossa plataforma de marketing. Ao clicar abaixo para se inscrever, você reconhece que suas informações serão transferidas para a Mailchimp para processamento. Saiba mais sobre as práticas de privacidade da Mailchimp aqui.

Maíra Menezes (IOC/Fiocruz)

(Foto: reprodução portal da Prefeitura de Cotia)

A combinação de imunizantes diferentes pode ser uma estratégia para ampliar a cobertura vacinal da população no contexto de escassez global de vacinas da Covid-19. Porém, com poucos estudos disponíveis sobre o tema, sendo a maioria apenas sobre as vacinas AstraZeneca e Pfizer, é difícil estabelecer diretrizes de intercambialidade.

Com o objetivo de preencher essa lacuna, um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai avaliar os efeitos da imunização com combinações das vacinas CoronaVac e AstraZeneca, que são produzidas no Brasil. O trabalho será financiado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde (Decit/MS) e abrangerá as cinco regiões do país.

A coordenadora do projeto e pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Adriana Vallochi, ressalta que a combinação de imunizantes pode gerar uma resposta imune intensa e duradoura. Porém, não é possível estabelecer protocolos de intercambialidade sem estudos que confirmem a efetividade dos esquemas vacinais.

“Ainda não há dados publicados sobre a intercambialidade das vacinas CoronaVac e AstraZeneca. Os resultados do projeto devem esclarecer se os protocolos com combinação dessas vacinas induzem proteção e a duração da imunidade. Essas informações podem contribuir para o planejamento do [Programa Nacional de Imunizações] PNI, apontando esquemas mais efetivos e permitindo a substituição de vacinas caso haja falta de doses de um dos imunizantes”, destaca Adriana.

Ao todo, sete unidades da Fiocruz vão atuar na pesquisa. Com coordenação nacional do IOC, o projeto será desenvolvido em parceria com Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), Fiocruz Rondônia, Fiocruz Mato Grosso do Sul, Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia) e Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná). A fase inicial do projeto contou com apoio da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz. No IOC, participarão os Laboratórios de Imunofarmacologia, de Biotecnologia e Fisiologia de Infecções Virais e de Pesquisas sobre o Timo. O estudo terá ainda a parceria dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) dos estados.

Objetivos da pesquisa
Os principais objetivos da pesquisa serão avaliar a imunogenicidade – capacidade de estimular a resposta imune – e a segurança das combinações das vacinas. Para isso, serão acompanhados 1.400 voluntários, divididos em cinco grupos: vacinados com CoronaVac na primeira dose e AstraZeneca, na segunda; com AstraZeneca, na primeira aplicação, e CoronaVac, na segundaª; com os esquemas regulares de duas doses dessas vacinas; e não vacinados.

Continue lendo.


Fonte: Agência Fiocruz de Notícias (AFN).