Agosto é conhecido por ser o mês de incentivo ao aleitamento materno. Segundo dados do Ministério da Saúde, a amamentação pode diminuir em até 13% a taxa de mortalidade por causas preveníveis em crianças até 5 anos. A prática é uma fonte valiosa de nutrientes e anticorpos para o bebê, reforça o vínculo entre mãe e filho e traz impactos positivos na saúde da criança por toda a vida.
Proteção contra diarreia, infecções respiratórias e alergias; redução dos riscos de desenvolvimento de asma, diabetes tipo 2 e obesidade; e influência no desenvolvimento cognitivo e emocional são alguns dos benefícios da amamentação para as crianças. Já para as mães, os impactos positivos podem auxiliar na prevenção de doenças como o câncer de mama, de ovário, de útero e diabetes tipo 2, além de reduzir as chances de depressão pós-parto.
A recomendação é que a criança seja amamentada até os dois anos ou mais, sendo de forma exclusiva até os seis meses de vida. Nessa fase, não é necessário ingerir nada além do leite materno, nem mesmo água. Isso porque crianças alimentadas somente pelo leite da mãe até essa idade já recebem todos os nutrientes e a hidratação que precisam durante a amamentação.
Covid-19 e amamentação
Mesmo no contexto da pandemia, a amamentação é segura. A mulher deve continuar amamentando o seu bebê, mesmo que tenha tido contato com alguém infectado. Caso a mãe esteja apresentando sintomas gripais, deve seguir os protocolos de higiene e usar máscara durante o aleitamento.
Bancos de Leite Humano
O ato de amamentar é influenciado, entre outras coisas, por aspectos emocionais, culturais, familiares, sociais e ambientais, é sempre bom lembrar que cada mulher lida com esse processo de maneira diferente. É importante receber apoio e suporte dos profissionais de saúde e da família nas suas dúvidas, dificuldades e inseguranças.
Em alguns casos é possível recorrer à Rede Brasileira de Banco de Leite Humano, responsável pela promoção do aleitamento materno e execução das atividades de coleta, processamento e controle de qualidade do leite produzido nos primeiros dias após o parto (o colostro), leite de transição e leite humano maduro, para posterior distribuição sob prescrição do médico ou nutricionista.
O BLH do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) é referência da Rede, tendo uma área de assistência responsável pela coleta, processamento e estocagem do leite materno. Além disso, a qualidade do material é avaliada pelo Laboratório de Controle de Qualidade do Leite Humano Ordenhado e administrada pelo Núcleo de Gestão da Rede Brasileira de BLH.
Fonte: Ministério da Saúde e IFF/Fiocruz.