Julia Dias (Agência Fiocruz de Notícias)
Coordenador da rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH) e pesquisador do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), João Aprígio Guerra de Almeida recebeu no dia 13 de novembro o Prêmio Dr. Lee Jong-wook de Saúde Pública de 2020, em uma cerimônia realizada remotamente durante a Sessão Plenária da Retomada da 73ª Assembleia Mundial da Saúde. A premiação é uma referência ao ex-diretor da OMS e homenageia indivíduos e instituições por suas contribuições excepcionais para o desenvolvimento saúde pública.
“A pandemia de Covid-19 nos mostrou o incrível valor da ciência e do serviço de saúde. Menos de um ano atrás, o mundo não sabia nada de Covid-19. Desde então, a ciência entregou insights incríveis em uma velocidade extraordinária, o que permitiu que a OMS desenvolvesse diretrizes baseadas em evidências e acelerando o desenvolvimento de vacinas, diagnósticos e terapêuticas em tempo recorde. Mas nós também reconhecemos o trabalho dos trabalhadores sociais e da saúde do mundo, que se colocaram a serviço de prevenir infecções, tratar os doentes e salvar vidas. É sobre isso que os prêmios de 2020 são: ciência e serviço. Os premiados deste ano possuem programas pioneiros que salvaram a vida de milhões de crianças, desenvolveram novas ferramentas digitais para auxiliar a atenção primária, lideraram pesquisas que permitiram a criação de base para políticas nacionais na saúde materno-infantil, estabeleceram a maior rede de bancos de leite do mundo para apoiar a amamentação, traduziram pesquisa em políticas inovadoras e práticas clínicas, entre outras contribuições”, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, ao parabenizar os vencedores dos prêmios entregues pela instituição na cerimônia.
João Aprígio dedicou seu prêmio aos recém-nascidos atendidos pela rede da bancos de leite e suas famílias e às mulheres-mães doadoras de leite humano que mantém a rede. O coordenador da rede também agradeceu a todos os parceiros que permitiram que esse projeto fosse construído coletivamente: sua família, seus amigos, os profissionais da rede, o Ministério da Saúde, a Agencia Brasileira de Cooperação e a Fundação Oswaldo Cruz. “A Fiocruz é minha casa há 35 anos. Um locus de ciência, de desenvolvimento tecnológico e inovação, onde tive a oportunidade de aprender o verdadeiro significado do que é fazer saúde pública com compromisso social”, afirmou o pesquisador ao receber o prêmio. Leia o discurso completo.