Projeto de implantação da fábrica de antirretrovirais em Moçambique vai distribuir 226 milhões de medicamentos em 2014 - Fiotec

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Um dos projetos mais grandiosos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apoiado pela Fiotec, que consiste na implantação da fábrica de antirretrovirais e outros medicamentos em Moçambique, é um marco para a Cooperação Brasil – África. São mais de R$ 4,5 milhões de investimentos em obras e a promessa de 226 milhões de remédios distribuídos em 2014. Com a estrutura equivalente a Farmanguinhos/Fiocruz, a fábrica tem as instalações físicas, a capacitação pessoal, e toda gama de gestão e estudo de sustentabilidade fornecida pela fundação.

Durante o 30º Encontro Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies 2012), realizado na última semana no Rio de Janeiro e organizado pela Fiotec, a diretora adjunta do Escritório Regional da Fiocruz em Maputo-África, Licia de Oliveira, apresentou o projeto, ressaltando a importância e grandiosidade que é construção dessa fábrica.

“É uma cooperação inovadora e diferente, que não só luta pelo combate a Aids, mas investe na produção de outros medicamentos. Moçambique é um país que vive muitas contradições com relação a seu futuro. Há necessidade de políticas para reduzir a desigualdade naquele país e nós estamos contribuindo com essa redução”, afirmou Licia.

Com cerca de 24 milhões de habitantes, Moçambique é um país que sofre com a epidemia do vírus da Aids: a doença atinge 11,3% da população. O país é um dos dez mais afetados pelo vírus, mundialmente.  Além da saúde, esse projeto tem todo um cunho humanitário. Ainda segundo Licia, o Governo Brasileiro tem uma grande preocupação com esse empreendimento. “Já foram 35 missões executadas pela Fiocruz com um único objetivo: mudar a vida das pessoas, pessoas essas que precisam de muita ajuda”, disse a diretora.Licia

Cooperação Brasil e Moçambique

A Cooperação Internacional entre o Brasil e Moçambique iniciou-se em 2003. Entre 2004 e 2007, foram elaborados vários estudos como o de viabilidade técnica e econômica que concluiu com a possibilidade de instituir a fábrica em Maputo. Em 2008, a Fiocruz foi designada pelo Ministério da Saúde a instituição responsável pela execução do desafiador projeto e Farmanguinhos, como unidade produtiva de medicamentos, foi indicada para a coordenação e execução. A primeira remessa de medicamentos foi entregue no dia 20 de novembro deste ano.

A Fiotec se orgulha de participar de um projeto com tamanha responsabilidade. Depois da apresentação da diretora adjunta no Confies, o gerente geral, Adilson Gomes dos Santos, fez questão de se pronunciar enfatizando a importância dessa fábrica para os envolvidos. “Esse projeto é um presente de vida. É uma satisfação imensa participar dele e um privilégio, porque estamos ajudando a resgatar uma dívida social com o continente Africano”, exclamou.