Apoiado pela Fiotec, projeto desenvolve mecanismo simples para combate ao Aedes aegypti - Fiotec

Fique por dentro

Por favor, selecione quais conteúdo deseja receber da Fiotec:

Você pode cancelar a inscrição a qualquer momento clicando no link no rodapé dos nossos e-mails.

Nós usamos Mailchimp como nossa plataforma de marketing. Ao clicar abaixo para se inscrever, você reconhece que suas informações serão transferidas para a Mailchimp para processamento. Saiba mais sobre as práticas de privacidade da Mailchimp aqui.

(Foto: Raquel Portugal/Fiocruz Imagens)

O Brasil vive hoje um surto de dengue. De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado nesta segunda-feira (16/5), o País registrou 757.068 diagnósticos da doença. O número se refere às primeiras 18 semanas do ano, o que representa aumento de 151,4% na comparação com o mesmo período de 2021. Ainda em maio, 2022 já apresenta número de casos totais maior do que de todo o ano anterior.

Com gestão feita pela Fiotec, um projeto do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD), a Fiocruz Amazônia, desenvolve um mecanismo que ajuda a traçar políticas públicas de combate ao Aedes aegypti. São “armadilhas” simples, em que é colocado um pouco de água em um balde, coberto por um tecido vazado, que permite a passagem do mosquito. Nesse balde é espalhado um larvicida específico para combater o Aedes aegypti. A ideia é que os mosquitos pousem ali e posteriormente espalhem o larvicida, em um processo semelhante ao de polinização feito pelas abelhas.

Os estudos acontecem no estado do Amazonas, com coordenação do pesquisador Sérgio Luz. Ele ressalta que a estratégia é mais um importante instrumento para combate ao Aedes aegypti, mas que continua sendo essencial o compromisso de toda a população na eliminação de possíveis criadouros do mosquito em suas casas, mantendo recipientes vazios virados para baixo, caixas d’água cobertas e pratos de vasos de planta sempre com areia.

O projeto é hoje a continuação de um estudo iniciado em 2017. Em março, oito cidades do Amazonas receberam do Ministério da Saúde o larvicida necessário para expansão da estratégia de controle do Aedes aegypti. Analista do projeto na Fiotec, Fernanda Mota celebra o avanço do estudo mesmo com as dificuldades provocadas pela pandemia de uma outra doença, a de Covid-19. Segundo ela, houve uma redução significativa na oferta de importantes fornecedores, com os quais aquisições muito específicas eram negociadas. “É gratificante enxergar, em cada demanda que recebemos, o início de uma importante atividade relacionada ao estudo que faz parte da batalha para frearmos a proliferação de um mosquito que, além da dengue, transmite a zika e chikungunya”.

Próximas etapas
Já está em desenvolvimento um curso voltado aos profissionais de saúde do Amazonas, para expansão da estratégia de Estações Disseminadoras de Larvicida. A ideia é levar o mecanismo aos 62 municípios do estado e posteriormente a todo o País.

Existe a previsão, ainda para 2022, da transferência de tecnologia ao Ministério da Saúde, incorporando a estratégia como Diretriz Nacional da Coordenação Geral de Vigilância de Arboviroses/SVS-MS. A expansão do mecanismo poderá atingir, inclusive, países que fazem fronteira com o Brasil.