Representantes da Fiotec se reúnem com parceiros de consórcio em defesa de povos indígenas e tradicionais - Fiotec

Fique por dentro

Por favor, selecione quais conteúdo deseja receber da Fiotec:

Você pode cancelar a inscrição a qualquer momento clicando no link no rodapé dos nossos e-mails.

Nós usamos Mailchimp como nossa plataforma de marketing. Ao clicar abaixo para se inscrever, você reconhece que suas informações serão transferidas para a Mailchimp para processamento. Saiba mais sobre as práticas de privacidade da Mailchimp aqui.

Aline Rafaela, Lidiane Lima e Sara Junker (à esquerda da imagem) representaram a Fiotec no segundo encontro entre parceiros do consórcio (foto: Trícia Oliveira/WWF Brasil)

Profissionais da Fiotec participaram, entre os dias 7 e 9 de fevereiro, do 2º Encontro de Parceiros do Projeto Proteção dos Povos Indígenas e Tradicionais do Brasil, em Rio Branco/AC. A instituição, ao lado da Fiocruz, compõe o consórcio que é liderado pela WWF Brasil. A iniciativa enxerga a necessidade de se garantir a proteção física desses grupos, contra a invasão ilegal, para que assim eles consigam cumprir suas importantes funções de garantir a subsistência de seu próprio povo.

Além do estado do Acre, o consórcio atua em outras duas regiões, em Rondônia e na área do Tapajós. Ao todo, são 32 áreas protegidas onde vivem quase 50 mil pessoas. A atuação do projeto é dividida em quatro frentes: monitoramento e proteção territorial; gestão de cadeias de valor locais sustentáveis; mitigação da contaminação por mercúrio proveniente da mineração ilegal de ouro; e fortalecimento da participação pública e política. “A Fiotec atua especificamente no eixo de mineração ilegal de ouro e saúde, que visa avaliar a contaminação por mercúrio e efeitos na saúde. Essa frente planeja medidas de controle de mercúrio e trabalha para a transparência dos procedimentos legais relacionados à mineração ilegal”, explica Aline Rafaela, analista responsável pelo projeto na Fiotec e que participou do Encontro. Além dela, Lidiane Lima e Sara Junker representaram a instituição.

Ela comenta que tem sido desafiador alinhar o planejamento e execução de atividades que envolvem oito instituições diferentes. “Cada uma delas é responsável por ações específicas dentro do consórcio, que nem sempre estão interligadas, mas devem seguir sempre em sincronia”. Além de Fiotec, Fiocruz e a própria WWF Brasil, o consórcio é composto pela Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, a Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre), o Comitê Chico Mendes, o Pacto das Águas, o Projeto Saúde e Alegria, o Instituto de Manejo e Certificação Florestal (Imaflora), e outras dezenas de associações parceiras.

A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) também esteve representada no encontro do início deste mês. Dentro do contexto do consórcio, o pesquisador Paulo Basta coordena o Estudo Longitudinal de Gestantes e Recém-Nascidos Indígenas Expostos ao Mercúrio na Amazônia, que acompanha mulheres dessas comunidades durante a gestação, e depois durante os dois primeiros anos de vida de seus filhos. O objetivo é avaliar de perto os efeitos da exposição pré-natal ao mercúrio no neurodesenvolvimento infantil.

Ainda segundo Aline, está prevista para março uma visita à Terra Indígena Munduruku, no médio Tapajós, para que as equipes envolvidas no consórcio conheçam de perto a realidade vivida pelos povos beneficiados pela iniciativa.


Com informações do portal da Ensp/Fiocruz.