Fiocruz convoca novos projetos para promoção da saúde nas favelas do Rio - Fiotec

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Leonardo Sodré (Plano Fiocruz de Enfrentamento a Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro)

Encontro reuniu representantes de projetos aprovados na sede da Fiotec, no Rio de Janeiro (foto: divulgação).

A Fiocruz convocou (1⁰/6) 40 novos projetos aprovados na Chamada Pública do Plano de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro. As ações propostas para diferentes territórios do Estado passam a ter a execução garantida, com o aporte do recurso de R$ 13,6 milhões escalonados até 2025. O anúncio foi feito no último dia 25 pelo Diretor Executivo da Fundação, Juliano de Carvalho Lima, durante reunião com coordenadores de 54 organizações sociais contempladas na primeira fase do chamamento. Serão financiadas iniciativas de R$ 150 mil até R$ 500 mil voltadas a segurança alimentar, educação, saúde mental, trabalho e renda, comunicação e informação popular em saúde e na promoção de territórios sustentáveis e saudáveis.

Na primeira convocação feita no âmbito do plano foram investidos R$ 5,5 milhões para ações em oito municípios do Estado. A nova fase da Chamada Pública vai contemplar projetos que atuam em favelas da capital e nos municípios de Angra dos Reis, Barra Mansa, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, Duque de Caxias, Itaboraí, Itaperuna, Macaé, Magé, Mangaratiba, Maricá, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Paraty, Petrópolis, Piraí, Quatis, Queimados, Resende, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica e Volta Redonda. Pelo escopo do novo aporte, de 13,6 milhões, R$ 1,5 milhão será destinado para a seleção de mais 31 organizações sociais em uma segunda Chamada Pública a ser lançada em setembro deste ano. Há previsão, em novembro de 2023, de destinação ainda de pelo menos R$ 130 mil para projetos com foco em ações de saúde nas favelas para a continuidade de ações já apoiadas que apresentarem potencial de replicabilidade. Para 2025, será lançado um edital de fomento a investigação com foco em saúde nas favelas para Universidades e Institutos de pesquisa somando total de R$ 900 mil. Outros R$ 165 mil vão financiar a elaboração de um plano integrado de comunicação e informação sobre saúde nas favelas. Ainda estão previstos R$ 200 mil para a formação de profissionais que atuam na atenção básica com foco em saúde nas favelas.

As 40 novas organizações convocadas receberão as orientações para concretizar a parceria em reunião com os gestores do Plano no dia 7 de junho. Para Juliano de Carvalho Lima, a segunda fase da Chamada Pública do Plano Fiocruz de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro vem para consolidar ainda mais a parceria estabelecida pela Fundação com a sociedade civil durante o ápice da crise sanitária, em 2020: “Esse é um projeto que foi lançado no momento mais crítico da pandemia de Covid-19 e mostrou resultados. Apesar da Covid-19 ser um risco menor no momento, é fundamental mantermos a parceria com as organizações sociais das favelas porque novas demandas de saúde sugiram nesses territórios no momento pós pandemia. E são essas organizações que atuam na ponta e sabem das reais demandas da população mais vulnerabilizada. Por isso, é tão importante para nós assegurarmos a continuidade desta parceria”, ressalta Juliano.

Durante o encontro com os coordenadores de 54 organizações sociais contempladas na primeira fase da Chamada Pública, realizados no último dia 25, foi apresentado um cronograma para a execução do aporte de R$ 13,6 milhões em ações escalonadas até janeiro de 2025. O repasse de R$ 9,05 milhões para os 40 projetos aprovados que ainda não haviam sido convocados será feito em cinco parcelas, com início em agosto deste ano e término no mesmo mês em 2024. Assessor de Relações Institucionais da Fiocruz, Valber Frutuoso aponta para a relevância da continuidade dos investimentos: "Este projeto já deixou de ser piloto e agora serve de modelo para a promoção da saúde nas periferias não só do Rio de Janeiro como em todo o Brasil. Podemos perceber isso através da relação que estamos estabelecendo com o Ministério da Saúde e o Ministério das Cidades. Isso é o reconhecimento a todo o trabalho que foi desenvolvido”.

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Fonte: Agência Fiocruz de Notícias (AFN).