(Foto: Comunicação/Fiotec)
Analistas de Projetos da Fiotec se reuniram, no dia 11 de abril, com o líder do World Mosquito Program (WMP) aqui no Brasil, Luciano Moreira, e sua equipe técnica. O encontro teve como objetivo debater a ampliação do programa, que hoje abraça cinco cidades brasileiras.
Durante a reunião, foi discutida a implementação e estabelecimento da tecnologia no município de Brumadinho (Minas Gerais) e adjacências. Esse passo implica na construção de uma Biofábrica, em parceria com a empresa Vale, para fortalecer as atividades de pesquisa e produção necessárias para o combate eficaz ao mosquito transmissor de arboviroses, o Aedes aegypti.
De acordo com Aparecida Ferreira, gerente de Projetos, o momento foi fundamental para alinhar as estratégias de ambos os lados: “além disso, serviu para fortalecer nossa colaboração e reafirmar nosso compromisso com projetos de impacto significativo na saúde pública”, disse.
Também foi abordada a necessidade de estender o contrato com a Prefeitura de Belo Horizonte, demonstrando o comprometimento contínuo com o controle das arboviroses na região. E, para que isso tudo seja possível, são necessárias novas parcerias nacionais e internacionais. Elas serão fundamentais para garantir recursos, expertise e apoio necessário para implementar e manter as operações do programa nessas localidades.
World Mosquito Program
A Wolbachia é um microrganismo intracelular comum em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas não está naturalmente presente no Aedes aegypti. Quando introduzida nesses mosquitos, a bactéria impede o desenvolvimento dos vírus da dengue, zika e chikungunya dentro do próprio mosquito, ajudando assim a reduzir a transmissão dessas doenças.
Após a liberação dos mosquitos infectados com Wolbachia no ambiente, eles se acasalam com os mosquitos locais, gerando uma nova geração de mosquitos que também carregam a bactéria. Com o tempo, a proporção de mosquitos portadores de Wolbachia aumenta progressivamente na população, até atingir um nível alto o suficiente para manter-se sem a necessidade de novas liberações.
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