Matéria produzida em colaboração com Aline Silva, da equipe de Projetos Internacionais da Fiotec
Aline Silva (primeira à esquerda) ao lado de Lidiane Nascimento, coordenadora de Projetos Internacionais na Fiotec, e das analistas da Fiocruz Erica Kastrup e Claudia Turco
Atualizar o mapa entomológico de Angola é o objetivo central do Projeto Redisse IV, que teve suas atividades iniciais realizadas entre 10 e 18 de abril em Luanda, capital do país. Ao lado das analistas da Fiocruz, Erica Kastrup e Claudia Turco, representantes da Fiotec participaram de reuniões com o Ministério da Saúde de Angola, além de acompanhar um pouco do processo de formação dos profissionais de saúde locais.
A iniciativa se apresenta como peça fundamental para o controle e prevenção de doenças transmitidas por insetos vetores, como a malária e dengue. As pesquisas identificarão espécies de insetos presentes em diferentes regiões do país, monitorando sua distribuição geográfica. Com base nessas informações é possível direcionar estratégias mais eficazes de combate e vigilância entomológica.
Aline Silva, analista de Projetos Internacionais da Fiotec, chama atenção para o fato de a diversidade climática e ecológica de Angola contribuírem diretamente para o surgimento de uma grande variedade de vetores de doenças, tornando ainda mais necessária a constante atualização dos dados. “O mapa [entomológico] atualizado auxilia na tomada de decisões em saúde pública. É uma ferramenta essencial para antecipar surtos e proteger a população. Investir nessa atualização é investir em saúde e prevenção”, ressalta.
Ainda segundo a analista, esta primeira etapa do projeto é voltada às províncias de Saurimo, Huambo, Lubango e Lobito, onde especialistas de campo estiveram em contato direto com a população já no fim do mês de abril. A coordenação técnica do projeto é de Genimar Rebouças, da Fiocruz Rondônia, e envolve pesquisadores da Fiocruz Rondônia, do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz) e do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).