A organização do XVIII Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária, que acontece de 23 a 27 de setembro no Rio de Janeiro, é apoiada pela Fiotec. O evento é realizado pela Federação Internacional de Medicina Tropical e pela Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) e tem como anfitrião o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). As conferências e mesas-redondas vão abordar avanços e desafios para o controle da malária, agravos como doença de Chagas, leishmanioses, esquistossomose e dengue, além de várias doenças bacterianas, virais e fúngicas.
O evento acontecerá concomitantemente ao XLVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical e da 28ª Reunião de Pesquisa Aplicada em Doença de Chagas. A expectativa de público é de aproximadamente três mil pessoas.
Em entrevista ao site do site do IOC, José Rodrigues Coura, presidente do Congresso, afirmou que os problemas de saúde não estão restritos somente ao respectivo país. Ele citou o exemplo da doença de Chagas, que hoje preocupa não somente a América Latina, mas também a Espanha e os Estados Unidos, devido às viagens. Por isso, Coura aposta no intercâmbio de especialistas e estudiosos para discussão sobre o tema.
O chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária do IOC, Cláudio Ribeiro, acredita que a realização do evento no Rio de Janeiro ajuda a promover o tema das doenças negligenciadas (e frequentemente associadas à pobreza), já que a cidade está em evidência devido à realização da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Os últimos três congressos foram realizados Cartagena (Colômbia), Marselha (França) e Jeju (Coréia do Sul).
O Brasil
De acordo com a organização do evento, o Brasil é um país é adequado para sediar o Congresso por ter uma grande variedade de biomas e a maior floresta tropical do mundo. A Floresta Amazônica recobre um território equivalente a 40% da América do Sul e 5% da superfície terrestre, e 61% de sua extensão localizam-se em território brasileiro. Além disso, o Brasil concentra a maior rede hidrográfica do mundo, fornecendo 20% das reservas mundiais de água doce.
Como consequência da enorme biodiversidade, várias doenças tropicais circulam no país, além de outras não-circulantes, porém passíveis de introdução devido às condições propícias existentes, as quais tem sido objeto de pesquisa e preocupação ao longo dos últimos anos.
Contexto mundial
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de um bilhão de pessoas são afetadas por doenças tropicais – como mal de Chagas, hanseníase, dengue, malária e leishmaniose – em 149 países do mundo.
Para saber mais sobre o evento, acesse o site
*Com informações do IOC, Cievs Rio, SBTM